sábado, 6 de fevereiro de 2010

Um repouso

Chegados ao início de mais uma noite, é tempo de nos sentarmos um pouco, de parar, como se o amanhã tarda-se a chegar ou simplesmente fizesse um pequeno compasso de espera, só para que pudessemos saborear este momento de calma e serenidade. Quando o corpo se encontra finalmente numa posição confortável, a mente tende em libertar-se, a ganhar asas e a voar. Umas vezes a viagem é para longe, outras vezes é para bem perto do lugar onde nos encontramos. Vale a pena esta viagem que se inícia quando o mundo parece querer repousar: os barulhos vão-se silenciando, as pessoas recolhendo-se em suas casas, até que enfim, nós!, podemos finalmente sentarmo-nos tranquilamente em nossas casas.
A noite traz consigo esta mística que tanto nos fascina, este mundo luar mais intimista que nos envolve e faz emergir o mais puro de nós mesmo. Seja a ansia de conhecer, seja o desejo eterno de se dar a conhecer. Tudo se conjuga de forma perfeita num encontro. 
Ainda que estejamos sozinhos em casa, tal qual como eu enquanto escrevo estes breves pensamentos, os nossos pensamentos, sonhos e ideias, andam por aí à solta, sem pressas nem constrangimentos. 
Quem sabe, talvez um dia, os meus e os teus se cruzem numa rua qualquer por percorrer.