Num passeio sereno entre o melhor de nós mesmos e aquilo de que tantas vezes nos envergonhamos. Uma caminhada sem um destino propriamente definido, sem um mapa ou um projecto exaustivo. Um caminho feito somente pelo prazer intenso da viagem.
sábado, 6 de fevereiro de 2010
Um repouso
quinta-feira, 4 de fevereiro de 2010
Sinais de uma Utopia inacabada ou os caminhos de uma viagem começada
Nas pessoas que dramatizava perfeitas, buscava, ao fim de um dia de itinerância, o conforto de uma chegada plenamente realizada. Completado estaria o itinerário programado, os lugares de merecido destaque deveriam estar algures na minha memória, a fim de serem novamente, e ainda mais uma vez, revisitados, e eu próprio sentiria que teria deixado pequenas partes de mim, precisamente naqueles momentos em que me achava perdido na imensidão de cada descoberta. A ser assim, não seria de uma viagem que falaria, antes de um sonho acerca de uma viagem realizada num tempo imaginário, com personagens e mesmo caminhos ideais, onde o real se resumiria ao simples prazer eterno estar em viagem.
Na longa jornada de um caminhante, há momentos em que desaparece a distinção, segura aquando da partida, entre aquele que caminha e o caminho escolhido. E eis que chegado ao final de mais um dia a caminho, o cansado caminhante acaba sempre por se questionar sobre a etapa realizada. E na iminência de um sono pesado pelas pedras e poeiras do caminho, o descansado caminhante vai-se deixando envolver pelo reincidente pensamento: “Serei eu o caminhante ou o caminho?”